Ativos intangíveis: como é feito o reconhecimento contábil de bens imateriais
É hora de falarmos de ativos intangíveis e seu reconhecimento contábil. Antes disso, pense por um momento em tudo o que a sua empresa possui. Veículos, imóveis, maquinário, bens de informática e muito mais. Além de todos esses bens físicos, você não pode esquecer daquilo que não é material.
Quando o ativo é tangível, é relativamente simples imaginar o quanto ele vale. Tudo o que compramos tem um preço inicial e, com o passar do tempo, esse valor vai caindo devido a um processo natural de depreciação. Há regras contábeis para mensurar essa desvalorização.
No entanto, quando o bem não é tangível, algo que existe apenas no plano das ideias, como podemos definir um valor? E mais: como o tempo age sobre ele e como podemos fazer um reconhecimento contábil desse bem?
Existem regras para isso. Acompanhe este artigo do Blog da Integrade e saiba como fazer o perfeito controle dos seus ativos intangíveis.
Em primeiro lugar, é importante entender bem o que é o ativo intangível de uma empresa. Ele é o conjunto de bens não materiais, ou seja, aqueles que não são físicos e não podem ser tocados.
Apesar de não existirem fisicamente, os ativos intangíveis também são importantes para o funcionamento perfeitos dos processos corporativos. Eles são parte fundamental de uma empresa e suas operações.
Imagine uma empresa que não tenha uma marca. Ela é altamente necessária para o reconhecimento do público e pode chegar a um valor imenso. Só para se ter uma ideia dessa importância, as marcas mais valiosas do mundo em 2021, segundo estudo BrandZ, da consultoria Kantar, são:
1 – Amazon – US$ 684 bilhões
2 – Apple – US$ 612 bilhões
3 – Google – US$ 458 bilhões
4 – Microsoft – US$ 410 bilhões
5 – Tencent – US$ 240 bilhões
6 – Facebook – US$ 226 bilhões
7 – Alibaba – US$ 196 bilhões
8 – Visa – US$ 191 bilhões
9 – McDonald’s – US$ 154 bilhões
Note que a marca pode chegar, no caso dessas empresas gigantescas, a dezenas e até centenas de bilhões de dólares. É lógico que não podemos desprezar isso. No entanto, a marca é apenas parte dos ativos intangíveis.
Também fazem parte deste grupo patentes, tecnologias desenvolvidas, direitos autorais, softwares, fórmulas ou receitas, know-how e, claro, a carteira de clientes e os recursos humanos, entre outros.
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Reconhecimento contábil dos bens imateriais
Ativos tangíveis e intangíveis são tratados de forma distinta do ponto de vista contábil. Por exemplo, enquanto a redução no valor dos ativos tangíveis por ação do tempo é conhecida como depreciação, esse fenômeno dos ativos intangíveis é chamado de amortização.
A existência física possibilita que ativos tangíveis sejam utilizados como garantia sem negociações ou transações bancárias, como um empréstimo. Já o ativo intangível dificilmente terá esse papel. Isso acontece porque o bem físico pode (em geral) ser facilmente comercializado. Já quando falamos de um bem imaterial a venda dele é bem mais difícil.
Os ativos intangíveis também devem constar no controle de patrimônio da empresa e, desde 2007, a Lei 11.638 indica que eles precisam ser alocados como “ativos não circulantes” (com a criação do subgrupo “Intangível” no Permanente). Conhecer essa especificação legal e realizar o lançamento correto desses bens é garantia para o melhor controle contábil, financeiro e econômico do seu negócio.
Sem dúvida, o grande desafio é realizar a mensuração de alguns itens, como marcas e até a própria carteira de clientes. Esses são ativos que podem representar o grande diferencial da sua empresa e saber como avaliá-los corretamente é essencial. Por isso, o trabalho de controle patrimonial é tão importante e merece sua atenção especial.
Outro detalhe interessante. Alguns ativos intangíveis, como softwares, podem se tornar obsoletos com o passar do tempo e o surgimento de novas tecnologias. Mais uma vez, cabe à gestão de patrimônio a correta contabilização destes valores.
A correta gestão dos ativos intangíveis é um fator estratégico para o sucesso de um negócio a longo prazo. O gestor mais cuidadoso precisa aprender a mensurar o valor do bem imaterial, assim como fazer a correta contabilização do mesmo.
Para isso é necessário conhecimento sobre as leis e pronunciamentos técnicos que regulam esses ativos, como a lei 11.638 e o CPC 04. Ter experiência nessa área pode poupar o gestor de muitas dores de cabeça.
Se você procura um parceiro que tenha esse know-how, é hora de conhecer a Integrade Consulting, uma empresa de referência no campo da gestão patrimonial.